18.7.09

Logan Henderson - The Sky Angel Cowboy

A história de um menino chamado Logan Henderson, que ficou conhecido como Anjo Cowboy do Céu. No vídeo tem a gravação da conversa que ele teve com o locutor de uma rádio de onde ele mora. Logan conta a experiência que teve com Deus, e nos traz uma reflexão muito importante a respeito do sacrifício de Cristo na cruz.

Logan Henderson

13.7.09

EXPOSIÇÃO BÍBLICA

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MODELO DE PERGUNTAS PARA O LEVANTAMENTO DO CONTEXTO HISTÓRICOCULTURAL DE UM LIVRO BÍBLICO PARA PROCEDER UMA EXPOSIÇÃO BÍBLICA
(Baseado no livro “Prega a Palavra” de Karl Lachler)

SOBRE O AUTOR
Quem é o autor?
Quais outros livros ele escreveu?
Quais outros livros mencionam seu nome ou feitos?
Qual a sua profissão?

SOBRE OS DESTINATÁRIOS
A que grupo étnico o livro se destina?
Qual é a perspectiva religiosa deles?
Que palavra é usada para caracterizá-los?
Qual era a posição social deles?
Quem eram seus líderes?
De que eles viviam?

SOBRE A ÉPOCA
Em que ano o livro foi escrito?
Que guerra, ação inimiga ou catástrofe natural ameaçava ou aconteceu?
Que líder secular dominava o cenário político?

SOBRE O CONTEXTO GEOGRÁFICO
Quais países ou cidades se destacam no livro? Que locais específicos são enfatizados?
Que rios, montanhas, ou planícies formam o palco onde Deus atua para se revelar?

SOBRE CONFIRMAÇÕES ARQUEOLÓGICAS
Quais objetos ou inscrições arqueológicas confirmam os eventos ou personagens do livro?

SOBRE O CENÁRIO CULTURAL
Quais superstições, tabus ou elementos de magia aparecem?
Qual o valor conferido à família?
Quais costumes aparecem quanto a alimentação, vestuário, comércio, guerra, religião, idioma, etc?
Qual o código ético/moral demonstrado?

SOBRE O TEMA TEOLÓGICO DO LIVRO
Qual o assunto geral do livro?
Que frase ou combinação de palavras se repete; que tema isto sugere para o livro?
Segundo os livros técnicos, qual é o seu tema?

10.5.09

A GRAÇA SINGULAR DA EVOLUÇÃO

Por Paulo Brabo
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Há dois tipos de cristão: os que acreditam na evolução e os que acreditam que há apenas um tipo de cristão.

Para muitos evangélicos de todas as estirpes o criacionismo — a noção de que Deus criou o universo e o nosso mundo em seis dias literais — faz parte do conjunto mais essencial de doutrinas cristãs, ao lado, digamos, da doutrina do pecado original e do sacrifício substitutivo de Jesus. Colocar em dúvida a literalidade da criação seria duvidar da inerrância das escrituras, duvidar do testemunho de Moisés, dos apóstolos e até de Cristo.

De nada adianta argumentar que grande parte dos patriarcas da igreja primitiva (e pensadores judeus contemporâneos desses) não interpretavam literalmente o relato da criação registrado nos primeiros capítulos de Gênesis. Esses primeiros cristãos não negavam que Deus tivesse criado o mundo; apenas sustentavam que o relato bíblico não era para ser entendido como descrição literal de como aconteceu. Liam a narrativa da criação como lemos as parábolas de Jesus: como narrativa metáforica, como mito, que aponta para uma verdade superior.

De nada adianta argumentar que muitos cristãos contemporâneos dentre os mais austeros e ortodoxos — digamos, John Stott — crêem que a evolução foi o modo peculiar através do qual Deus moldou o homem do barro. Stott crê que o universo, a vida na Terra e a humanidade vieram à luz mais ou menos como explicam os livros de ciência — porém sob a égide oculta de um interessado Produtor, um supervisor e patrocinador que interveio de forma esporádica mas decisiva em um processo natural e em muitos sentidos aleatório.

Pensadores como Stott parecem ter se dobrado a abraçar uma doutrina limitada da evolução diante do peso da evidência científica. Embora a evidência em favor da factualidade da evolução seja vasta e eloqüente, não é a autoridade (sempre arbitrária) da ciência o que de fato me atrai na idéia.

No fim das contas, creio na evolução por motivos literários — ou, para dizer de outra forma, motivos espirituais. A evolução soa-me como história melhor do que a narrativa literal da criação. Fala de um Deus mais próximo do Deus da Bíblia e da experiência cotidiana.

Como o da Bíblia, o Deus da evolução é comedido e introspectivo, intervindo apenas quando e na medida em que julga necessário; sendo independente das suas criaturas, ele deseja que suas criaturas sejam santas, isto é, autônomas e singulares, como ele o é. Ele deixa sua criação (ou seja, nós e o universo) correr o seu curso e o acaso fazer suas próprias escolhas. Como o Deus de Abraão e Moisés, ele é poderoso o bastante para lidar de forma criativa com o imprevisto, e escolhe escrever a história da criação e da vida em conjunto com as suas criaturas, e não a partir de um roteiro pré-estabelecido. Como o Deus de Paulo, ele pede que interpretemos o espírito, não a letra do que ele diz. Como o Deus do dia-a-dia, ele é presente e unânime e onipresente, e ao mesmo tempo tão recatado que pode tranqüilamente passar despercebido.

A narrativa do Gênesis foi escrita para que saibamos que Deus está espetacularmente por trás de tudo; a sacada da evolução, bem como o Deus distanciado da experiência do dia-a-dia, estão aí para dizer que Deus o faz da forma mais espetacularmente sutil. O Deus do criacionismo pode parecer grande, mas o Deus da evolução é necessariamente maior — é, portanto, apenas o retrato de mais uma face do Deus tremendo de Gênesis.

A evolução ensina que cada espécie (e cada espécime) de animal e de planta é um tipo particular e insubstituível de graça, e não a mera representação física de um projeto ideal numa prancheta eterna. Para o criacionista pouca diferença faz se tigres e florestas e bugios e campos gerais são extintos pela cegueira da ambição humana; para o evolucionista, a cada golpe na biodiversidade um milagre da graça mais improvável é apagado para sempre. Estamos habituados a louvar a criação, mas a evolução fala de milagres maiores; fala do conhecimento do bem e do mal e da responsabilidade de administrar com sabedoria o jardim da Terra, coisas das quais tentaremos sempre nos esquivar.

O notável é que a narrativa da criação do Gênesis poderia muito bem ser literal e factual; seria apenas uma solução menos extraordinária do que a da evolução. Às vezes penso que a evolução era [uma das coisas] que Jesus tinha em mente quando disse que o reino de Deus está no meio de nós. A lapidação lenta e improbabilíssima de galáxias e planetas e espécies e nações e indivíduos alinha-se de forma mais eloqüente com os métodos do Deus de Jesus, que tem como o Filho a ambição de estar em todos lugares e ser reconhecido, até a cortina final, em nenhum.

Publicado Originalmente na revista ULTIMATO 15/06/2007
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Opinião dos leitores

Carla G. Bueno Silva São Paulo - SP #1
O evolucionismo é uma teoria, não deve ser tomado como verdade(como ocorre nas escolas e universidades).A verdade é que nenhum ser vivo de hoje estava lá no momento da criação ou da explosão. Mas Deus nos deu o livro da vida, a Palavra dele que é rica e descreve tudo o que ele fez e o amor com que ele formou tudo! Ele é o Deus Criador, em nenhum momento a bíblia diz "Deus Evolutor".
Deus não está preso no tempo como nós, o tempo pra ele é nada! O homem tem essa mania de explicar o mundo através do argumento "foram milhões de anos..." Não é assim de acordo com a biblia!
Deus tudo pode!
Postado em 11/11/2008 às 11:21:36


Carla G. Bueno Silva São Paulo - SP #2
Se formos ler a bíblia pensando que ela é subjetiva estamos distorcendo a Palavra e duvidando do poder de Deus! Ou seja, os 7 dias não foram beeem 7 dias, mas uns 7 milhões de anos (ou mais!).
Então, em quanto tempo Jesus teria ressuscitado? Será que foram 3 dias mesmo? Ou não é beem assim "ressuscitar"...
Isso é colocar em dúvida o livro que foi inspirado por Deus e tudo o que Ele fez!
Se a bíblia não fosse clara (ela é!) somente as pessoas mais estudadas poderiam entendê-la. Mas Deus a fez para todos!
Que possamos ler a Palavra inspirados pelo Criador e não ocultá-la ou distorcê-la.
Postado em 11/11/2008 às 11:31:12


Marcelo Campinas - SP #3
Sou cristão, médico, mas não sou um criacionista fundamentalista literalista. Porém, não há evidência em favor da factualidade da evolução que seja vasta e eloqüente, muito pelo contrário. A genética moderna não consegue dar sustentação a teoria da evolução como descrita originalmente por Darwin. Para muitos bólogos, incluindo uma grande maioria de não-cristãos, a evolução das espécies é o protótipo da teoria aceita amplamente, divulgada como fato irrefutável e que carece seriamente de evidências a luz da biologia celular e molecular e da genética moderna, ciências seculares.
Postado em 29/11/2008 às 17:36:45


Marcelo Campinas - SP #4
Além disso, essa necessidade de setores evangélicos em se aproximar de teorias seculares e se mostrar progressistas pode levar a erros teológicos, que por sua vez podem macular a imagem da igreja cristã. Qual a relevância da teoria evolução das espécies para o entendimento cristão da Criação? Mais uma vez, a ciência "evolui" e muitas teorias caem por terra. Devemos ser cuidadosos ao endossar teses que possam ter qualquer conteúdo contrário a doutrina cristã, sob pena de poder confundir ou colocar dúvidas nas mentes de crentes sinceros.
Postado em 29/11/2008 às 17:44:28


Marcos David Muhlpointner São Bernardo Do Campo - SP #5
Infelizmente um dos resultados de se considerar a evolução é colocar Deus num patamar muito parecido com o dos homens. O autor do artigo faz uma declaração perigosa e absurda: “...ele[Deus] é poderoso o bastante para lidar de forma criativa com o imprevisto...” Ora, quando é que Deus é pego num imprevisto? Quando é que Deus é pego com “as calças na mão”?
Ora, um Deus que tivesse que lidar com o “acaso” a toda hora e rever Seus planos não seria um Deus de fato. Isso está muito mais para uma projeção humana de Deus. Até mais, Marcos.
Postado em 17/02/2009 às 16:51:56


Fabiana Sp - SP #6
Estranho texto, parece q Paulo Brabo está na contramão. Qdo tantos cientistas criacionistas espalhados pelo mundo têm mostrado evidências dos enormes furos na teoria da evolução e de provas científicas da criação...
Seria interessante mais base antes de publicar um texto como esse. " Creio na evolução por motivos literários". Opa...
Postado em 10/03/2009 às 09:13:38


Ricardo Santos Curitiba - PR #7
É interessante que sempre que alguém levanta uma reflexão, frise bem, "reflexão", sempre surgem os advogados de Deus para colocar os devidos pingos nos is! A reflexão que o autor provocou foi simples e clara: a mensagem que o Genesis apresenta é que Deus criou o mundo. Ponto final. O modo como Deus criou o mundo é uma outra questão. E o que o Brabo parece desconfiar é que a idéia da "evolução" (não a teoria da evolução da espécies de Charles Darwin!), pode nos dar algumas mínimas, quase insignificantes, pistas a respeito do modo como Deus fez exsitir do nada todo este Universo que conhecemos.
Postado em 06/05/2009 às 16:47:50


Ricardo Santos Curitiba - PR #8
O fato é que se Deus fosse nos explicar, em detalhes, como ele criou exatamente o mundo, entederíamos tão bem quanto um chipanzé entenderia uma aula de física quantica. É evidente que o relato do Genesis não está preocupado em ensinar a maneira como Deus criou o mundo, e sim em transmitir uma mensagem religiosa. Não há como deixar de fazer uma analogia entre este caso debatido aqui e o de Galileu Galilei. Ele quase foi queimado na fogueira como herege. Por que? Por sustentar que a Terra não era o centro do Universo. De onde seus inquisidores tiraram a idéia contrária? Do Gênesis.

Postado em 06/05/2009 às 16:55:46
Para ver no site clique aqui

BRENNAN MANNING

21.4.09

LIBERDADE POSITIVA E NEGATIVA

Isaiah Berlin (1909-1997) escreveu um artigo de filosofia política chamado "Dois Conceitos de Liberdade", onde ele introduziu uma distinção entre dois conceitos diferentes de liberdade os quais designou: liberdade negativa e liberdade positiva. Para ele, a liberdade negativa consiste na ausência de coerção. Neste sentido, um indivíduo seria livre desde que ninguém o forçasse a agir ou o proíbisse de agir de certa maneira. Já liberdade positiva consistiria num controle efectivo da própria vida. Um alcoólico, por exemplo, tem liberdade negativa caso ninguém o obrigue a beber, mas ainda assim não tem liberdade positiva. Dessa forma, se alguém dissesse, "o alcoolico bebe livremente", estaria querendo dizer simplesmente que ele bebe sem que ninguém o force ou obrigue a isso; mas se alguém dissesse "o alcoolico não é livre" ou "não bebe livremente", estaria querendo dizer que ele não tem o controle efetivo da sua própria vontade de beber, em virtude do seu vício. Em outras palavras se diria que o vício controla a sua vontade, e não que a sua vontade controla o vício.
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Essa distinção foi importante na filosofia política porque forneceu fundamentos para o julgamento da responsabilidade de pessoas que cometeram crimes ou delitos em que a sua liberdade positiva foi significativamente restringida de alguma maneira. A doutrina juridica, de maneira geral, tem o entendimento que doentes mentais, pessoas embriagadas involuntáriamente, crianças pequenas (a idade varia de país para país), têm sua liberdade positiva comprometida, e portanto não podem ser consideradas responsáveis penalmente. O termo jurídico para a situação é "inimputáveis" - não se pode imputar as consequencias dos seus atos, ou seja, não se pode imputar a punição. No caso específico do código penal brasileiro, até mesmo a "embriaguez cronica", (o alcoolismo) é uma condição de inimputabilidade. Vê-se claramente, portanto, a relação entre liberdade e responsabilidade na filosofia política, que é, não custa relembrar, a ciencia do poder.

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Fonte: adaptado da wikipédia

17.4.09

O CONCEITO DE LIBERDADE

Para se debater esta relação de um Deus soberano com uma criatura supostamente livre, é necessário se aprofundar, invevitalmente, no conceito de liberdade. E a questão incial deverá se impor na base: será que o ser humano é relamente livre? E se for, será Deus realmente soberano em vista da liberdade humana?

Alguns acham o termo liberdade inadequado para a questão, enquanto outros afirmam exatamente o contrário. Como está claro este impasse repousa na definição do conceito de liberdade que varia entre os debatentes. É necessário chegar num concenso. Mas não vamos cair no erro de querer simplificar a questão: quando se fala em liberdade existem inúmeras concepções existentes: físicas, políticas, filosóficas, psicológicas, metafísicas, etc. Há mais de 2 mil anos o debate sobre o conceito de liberdade se extende e não queremos assumir a pretensão de resolvê-lo aqui. A proposta é ter claro a origem etimológica da palavra; a origem histórica do conceito; para posteriormente passarmos o olhar em algumas concepções filosóficas, até chegarmos numa definição aproximada da palavra.
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Origem Histórica do conceito de Liberdade

The first known use of the word freedom in a political context dates back to the 24th century BC, in a text describing the restoration of social and economic liberty in Lagash, a Sumerian city-state. Urukagina, the king of Lagash, established the first known legal code to protect citizens from the rich and powerful. Known as a great reformer, Urukagina established laws that forbade compelling the sale of property and required the charges against the accused to be stated before any man accused of a crime could be punished. This is the first known example of any form of due process in the history of humanity.

Like Urukagina, most ancient freedoms focused on negative liberty, protecting the less fortunate from harassment or imposition. Other ancient legal codes, such as the Code of Hammurabi, similarly forbade compulsion in economic matters, like the sale of land, and made it clear that when a rich man murders a poor one, it is still murder. Still, these codes relied on a certain virtuousness of kings and ministers, which was far from reliable.
In the Persian Empire, citizens of all religions and ethnic groups were given the same rights and had the same freedom of religion, women had the same rights as men, and slavery was abolished. All the palaces of the kings of Persia were built by paid workers in an era where slaves typically did such work.
In the Maurya Empire of anciet India, citizens of all religions and ethnic groups had rights to freedom, tolerance, and equality. The need for tolerance on an egalitarian basis can be found in the Edicts of Ashoka the Great, which emphasize the importance of tolerance in public policy by the government. The slaughter or capture of prisioners of war was also condemned by Ashoka. Slavery was also non-existent in ancient India.
Roman law also embraced certain limited forms of liberty, even under the rule of the Roman Emperors. However, these liberties were accorded only to Roman citizens. Still, the Roman citizen enjoyed a combination of positive liberty (the right to freely enter contracts, the right to a legal marriage) and negative liberty (the right to a trial, a right to appeal and the right to not be tortured). Many of the liberties enjoyed under Roman law endured through the Middle Ages, but were enjoyed solely by the nobility, never by the common man. The idea of unalienable and universal liberties had to wait until the Age of Enlightenment.


In Chinese, freedom is written (ziyou). Zi is the character for self, and You means follow, with an additional connotation of reason. Liberty thus implies a necessary connection between individualism and a rational duty.
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fonte: wikipédia

31.3.09

Origem Etimológica da palavra Liberdade

A palavra liberdade, conforme a etimologia grega, eleutheria, significava liberdade de movimento. Tratava-se apenas de uma possibilidade do corpo para se movimentar sem qualquer restrição externa. Poder e liberdade eram palavras praticamente sinônimas. Compreendia-se a liberdade como o poder de se movimentar sem impedimentos, seja em razão da debilidade do corpo, seja em razão da necessidade ou mesmo em razão do impedimento oposto por ordem de um senhor. Assim o significado grego estava relacionado a ausência de limitações e coações. A palavra alemã Freiheit (liberdade), que tem origem histórica nos vocábulos freihals ou frihals, de onde se originou a palavra Freedom na lingua inglesa, significa "pescoço livre" (frei Hals), referindo-se aos grilhões que mantinham aprisionados os escravos pelo pescoço. Assim, não difere muito em sentido da palavra grega, a complementando com uma imagem contundente. Há de se observar, contudo, que esta palavra tem uma amplitude menor, pois refere-se apenas à situação de impedimento de movimento por razão de uma força externa humana, eliminando assim a necessidade e limitação física, por exemplo. Ou seja, a palavra de origem alemã referia-se apenas a coação, ou a escravidão. Dessa forma, Freihet era um caso particular de eleutheria. Já a palavra libertas, de onde também se originou o termo liberdade do latim, significa "independência", que resume bem a palavra grega. Portanto, percebemos que a palavra liberdade, nas três situações, está fortemente relacionada a uma situação política do ser humano, embora a palavra grega e latina expressem mais do que isso. Mas a acepção mais comum da palavra nos parece ser a expressão de uma situação de dominação de grupos sobre outros que limitavam ou restringiam o "movimento", ou a possibilidade de "ir e vir" das pessoas subjulgadas. Antepunha-se a situação de escravidão. Portanto, tudo leva a crer que a palavra liberdade nasceu com o objetivo de representar uma status político.

OBS.: a palavra político está sendo usada no seu sentido filósofico, o qual representa as relações de poder entre os seres humanos. Ou seja, política como ciencia do poder, e não ciencia do Estado.
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fonte: adaptado da enciclopédia livre (wikipédia)

23.3.09

PREDESTINAÇÃO E LIVRE ARBÍTRIO

Este espaço tem com objetivo discutir o polêmico tema da Predestinação e o Livre Arbítrio humano. A inteção é discutir o tema vagarosamente, sem pressa, atropelos, com honestidade e cordialidade. Eu acredito que inicialmente seria interessante discutir alguns pressupostos básicos, que nortearão a nossa pesquisa, antes de expormos versículos e textos bíblicos. Postarei alguns textos apenas como ponto de partida para as discussões. Espero que eles possam ser enriquecidos com os comentários e considerações dos amigos. Abaixo seguem os links de cada etapa da discussão.


ETAPA 1: DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
-Considerações sobre a definição de Conceitos

Considerações sobre a definição de conceitos

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Grande parte das discussões sobre o tema da Predestinação e livre-arbítrio acaba empacando no meio porque na verdade não existe acordo nem mesmo no ponto de partida: nos conceito de Liberdade e Soberania. Para a discussão avançar, primeiro, temos que chegar num consenso a respeito do que realmente significa Liberdade, e o que realmente significa Soberania. Se não há consenso neste ponto, não há o que discutir. Por isso eu sugiro, como ponto de partida, que discutamos estes dois conceitos. Antes, contudo, gostaria que analisássemos este texto preliminar sobre a definição de conceitos.


DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

Continuo acreditando na regra básica de interpretação que diz que sempre devemos seguir o caminho do significado mais óbvio, natural e evidente das palavras. E só mudarmos este significado se existir uma razão muito boa, bem fundamentada, e também evidente para isso. Se não fizermos isso corremos o risco de fazer como fazem alguns filósofos: definem um termo exatamente da maneira que ele se encaixe no seu sistema de idéias pré- concebidas. Eu defino a palavra "garfo" como "instrumento utilizado para espetar". Ora, eu posso fazer isso. Não estou necessariamente errado. Mas será que não seria mais coerente eu manter a definição mais óbvia e natural da palavra, "Instrumento utilizado para comer"?? Certamente definir o garfo com "instrumento para espetar" parece demonstrar uma certa segunda intenção, que poderia ser, por exemplo, acusar alguém de assassinato com um garfo.

Infelizmente muitos filósofos e teólogos se utilizam desse recurso: definem a palavra de acordo com suas idéias pré-concebidas. Poderíamos dar outro exemplo. A palavra "místico". Quando falamos do "lado místico do homem", a significação mais óbvia e simples seria o "lado misterioso do homem", uma vez que a palavra "místico" deriva do grego, mistério. No entanto alguém definiu posteriormente a palavra "místico" como relacionada à religião (provavelmente porque entendeu que a religião tem a ver com mistérios). Essa pessoa poderia estar equivocada; mas o fato é que o termo "pegou" e começou a ser usado neste sentido. Então o "lado místico do homem" passou a ser entendido como o "lado religioso do homem". Mais recentemente a palavra "místico" passou a ser entendida como mágico, fantástico, sobrenatural, etc, então a frase o "lado místico do homem" passou a ser utilizado pejorativamente, relacionada com as religiões exotéricas, que beiram a magia, que dão ênfase a contemplação e a meditação. A razões porque ocorre esta mudança de siginificação ao longo do tempo não cabe aqui discutir, o fato é que percebemos que as definições sucessivas da palavra muitas vezes provocam um afastamento do significado natural e óbvio do termo (é bem verdade que no caso dessa palavra não se afastou tanto). O filósofo deve procurar evitar isso, sempre que possível, ou, pelo menos, tentar afastar-se o mínimo possível desse significado natural.

De qualquer forma, se um filósofo for escrever um tratado sobre o tema a primeira coisa que ele deve fazer é definir o conceito de místico, no exato sentido em que ele o usará. Entretanto, dependendo de como ele definir este conceito, poderá obscurecer mais o assunto do que revelar,como frequentemente acontece, e criar armadilhas para ele mesmo.

Aplicando este tema na matéria de interpretação podemos dizer que, quando olhamos para um texto escrito em outra época, temos que entender o significado dos termos, em primeira análise, no seu sentido mais óbvio; em seguida, investigarmos se realmente o termo era utilizado naquela significação na época do texto; para só então - se encontrarmos razões fortes o suficiente para isso - mudarmos o significado óbvio da palavra e definirmos o termo de forma mais coerente.

17.3.09

RICARDO GONDIM

Pastor da Assembleia de Deus Betesda, São Paulo

Ricardo Gondim é escritor e fundador da Assembléia de Deus Betesda, considerado por muitos como um dos maiores pregadores brasileiros da atualidade.

ARIOVALDO RAMOS

Pastor da Igreja Batista de Água Branca, São Paulo.

Ariovaldo Ramos é filósofo e teólogo, além de diretor acadêmico da Faculdade Latino-americana de Teologia Integral, missionário da Sepal e presidente da Visão Mundial. É membro da equipe editorial da Edições Vida Nova.

JOHN PIPER

Pastor Norte Americano

John Stephen Piper (1946) é um escritor e ministro batista reformado, que atualmente serve como pastor sênior na Igreja Batista Bethlehem em Minneapolis, Minnesota. É muito famoso por causa de seu livro "Desiring God".

CAIO FÁBIO

Idealizador do Movimento Caminho da Graça

Caio Fábio d'Araújo Filho (53) é um pastor evangélico e escritor braileiro com mais de 100 títulos publicados. Conferencista internacional, foi presidente da AEVB (Associação Evangélica Brasileira), fundador da VINDE - Visão Nacional de Evangelização (1978), e atualmente é pastor do Caminho da Graça, em Brasília.

ED RENE KVITS

Pastor da Igreja Batista de Água Branca - São Paulo

Ed René Kivitz é teólogo, escritor e palestrante, mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Seu livro Vivendo com propósitos, está na terceira edição, com mais de 20.000 cópias vendidas. É fundador e diretor da Galilea.

PAUL WASHER

9.3.09

CIENCIA E FÉ

Algumas reflexões sobre as relações entre ciência e fé.

Criação e Evolução - parte 1
Criação e Evolução - parte 2
Há lugar para fé no mundo acadêmido?
A graça singular da evolução

Existe lugar para fé no mundo acadêmico?




----- Original Message ----- From: CURSO DE ARQUEOLOGIA PEDE QUE TIRE DEUS DA MINHA VISÃO... To: contato@caiofabio.com Sent: Thursday, March 03, 2005 2:59 PM Subject: Ruptura Epistemológica


Passo por problemas sérios na faculdade. Curso a UNIVASF, o primeiro e único curso de arqueologia e preservação patrimonial da América latina. Uma das insistências dos professores é referente a se fazer uma “ruptura epistemológica”, que seria o rompimento com dogmas. O que dizem é que para se ser um cientistas tem-se que deixar de acreditar em Deus. Um grande difusor dessa teoria é o professor Celito Kestering, que leu a Bíblia em grego, latim, português e até algumas partes em aramaico. Ele tenta abafar a chama de todos com o conhecimento que tem. Me informe se você tem um artigo que trata de Ciência e Deus; ou se não tem, se é possível você dar a sua opinião, para que eu possa expor no mural da faculdade. Um beijo e que Deus abençoe você! _______________________________________________________________________________ Resposta:


Meu querido amigo: Graça e Paz! A epistemologia, originalmente, é uma área da filosofia, e que trata da questão da relação entre o objeto em estudo ou observação, e a capacidade do observador de examinar com isenção, sem permitir que pressupostos aniquilem o exame. É, portanto, uma filosofia do conhecimento! Com o passar do tempo a epistemologia acabou por se tornar uma necessidade de auto-exame por parte de observadores em todas as ciências, especialmente porque é de fato mais que provável que uma visão pré-condicionada deixe de ver o que está adiante de si. Preconceito não gera Ciência, mas apenas Dogmas. Ora, vendo sob essa perspectiva tem-se que dizer que o mundo cientifico é extremamente dogmático em muitos de seus conceitos, os quais, já são, muitas vezes, predefinidos por aquele que estuda, e que apenas busca meios de legitimar pela ciência as suas próprias crenças. A Ciência Física, e especialmente a parte dela que lida com o micro-cosmos, e mergulha no mundo das partículas subatômicas, já observou que a visão do observador tem o poder de alterar, no nível quântico, a posição de elementos subatômicos. No entanto, assim é na Física dos micro-elementos porque em tal nível, já se está nas fronteiras entre o material como dado verificável e as margens do mundo quase abstrato, ambiente no qual o olhar tem impacto real sobre o mundo. No que diz respeito à arqueologia, os cuidados que se tem de ter são equivalentes aos que se deve tomar em qualquer outra forma de avaliação e interpretação da vida, até porque um “olhar crente”, no nível arqueológico, não tem o mesmo poder que ele possui no mundo quântico. O que se deve saber é que o Evangelho pede que se tenha cuidado com a questão epistemológica, e dá ao tema aplicativos de natureza universal bem mais amplos do a própria ciência que assim se auto-denomina. O Evangelho manda que não se olhe nada com preconceito ou com pressuposições dogmáticas que impeçam a pessoa de enxergar a verdade que se apresente ante seus olhos; seja ela qual for. Sim, no Evangelho, se for verdade, é para ser visto; e se não for, é para ser tratado como o que não é. Sobre a questão que você levantou, faço a você uma pergunta: Quando alguém curioso e capaz de entender de engenharias encontra algo na rua, especialmente alguma coisa que seja mecânica, não havendo uma declaração explicita de quem seja o “fabricante”, você acha que tal pessoa se atrapalhará na tentativa de entender como funciona a máquina apenas porque não conhece quem a fez? Ora, se isso for um impedimento para o mecânico curioso, então será também um problema para um “cientista” estudar o Universo apenas porque não conhece a Deus. Deus é. E tudo o que é, é em Deus. Todavia, as coisas que existem não são Deus e nem dependem do conhecimento que alguém tenha de Deus para serem entendidas e conhecidas. Seria, todavia, uma tarefa impossível se o assunto da pesquisa fosse Deus. Como acontece, por exemplo, na “ciência teológica”, visto que o objeto do estudo não está disponível para ser pesquisado, pela própria realidade de Sua natureza. A grande tolice é a tolice teológica, visto que tem a Deus supostamente como objeto de estudo. Nesse caso, Deus é apenas a projeção da mente pré-condicionada a achar em “Deus” o que encontra dentro de si mesmo. Para mim, a teologia é cada vez mais apenas uma declaração acerca do interior limitado dos teólogos. Os arqueólogos, no entanto, estudam o que um dia existiu. Portanto, não importa saber quem criou o Universo ou como ele se auto-gerou..., mas sim constatar fatos mensuráveis e pesquisáveis... e que estão disponíveis em total “brutalidade” ante todos os sentidos. Ora, segundo me consta, Deus não é objeto de estudo arqueológico, pois se o fosse, seria de total frustração para a arqueologia, visto que jamais poderia encontrar o objeto do estudo escavando o chão, ainda que se encontrasse a “Arca de Noé”. Não é a fé em Deus que gera um impedimento epistemológico para o cientista, mas sim sua fé religiosa... seja ele um religioso-religioso ou um religioso ateu ou agnóstico. Religiosidade é uma atitude, não necessariamente uma fé espiritual. Ora, quem conhece a Deus pela fé, e o conhece no coração, esse se alegra com tudo o que descobre e encontra, visto que para ele tudo revela Deus, ou as manifestações criativas de suas criaturas e de toda a criação, em qualquer que seja a área do saber. Já a fé religiosa impede o indivíduo de descobrir e se alegrar na descoberta, caso a descoberta não valide a sua interpretação da vida, seja ela advinda de algum livro sagrado da religião ou de um tabu cientifico. Isto porque seus pressupostos dogmáticos estabelecem scripts que foram “interpretados” de algum oráculo religioso ou cientifico religioso. Nesse caso, o que está em questão não é o “oráculo” (seja ele qual for), mas sim a sua interpretação, a qual, na maioria das vezes, gera dogmas que impedem o avanço da ciência em sua escalada de compreensão do “como” do Universo, visto que supostamente o oráculo ou livro sagrado diz o “como”. Ora, no caso da Bíblia não se deve procurar o “como”, pois, de fato, ela só se preocupa em dizer Quem. Eu, por exemplo, amo todas as ciências e delas retiro tudo o que é bom para a vida e a percepção. E não há achado cientifico que me seja antagônico, nem tampouco antagônico a Deus; até porque Deus não está no nível de ser antagonizado por descobertas, posto que toda real dês-coberta, é um tirar o véu, é um abrir de cortinas, é um apocalipse (tirar o véu, revelação); e, portanto, sempre é algo que apenas revela, e revela “como” aquilo é em sua natureza, constituição e relação com o todo do Universo. Ora, essa é a razão pela qual o verdadeiro caminhar cientifico é um andar nos caminhos do Criador, creia a pessoa ou não em Deus. Nenhuma verdade é antagônica a Deus. E se não for verdade, os mesmo que alçaram tal coisa a tais níveis absolutos, eles ou seus filhos, sempre chegam a destronar aquilo mesmo que erigiram. E nisto está a beleza da verdadeira ciência: seu Dogma é dogma algum... Todas as verdades da existência, sejam elas quais forem e em que níveis forem discernidas e encontradas, são para mim parte da Verdade; carregando, portanto, a semente da libertação e da liberdade, conforme ensinou Jesus. Quem sabe que a Verdade não é objeto de estudo ou de explicação, esse sempre se liberta em cada verdade que descobre ou discerne. Aquele, porém, que não crê que haja algo como Verdade nos Cosmos, esse, pela própria sua peregrinação fundada na busca, pela exclusão, acaba chegando a uma certeza: não há, pelos meios científicos, certeza alguma. Ora, quem se preocupa com isto? Somente quem tem aquela certeza que se fundamenta apenas em “certezas” é que sofre com a realidade do inexplicável. Para esse, tudo o que novo é um novo problema, não uma nova oportunidade de saber e conhecer. Aquele, no entanto, que crê e conhece a Deus, esse sabe que em se tratando de Deus, se está também diante do Inexplicável em sua própria natureza, porém, completamente real no interior daquele que conhece. E mais: quando é assim, e com tal consciência, a fé em nada muda a avaliação de “ruínas da civilização” que ele encontrar pelo caminho, posto que só pode ser um problema se ele for ‘religioso’ e, portanto, preso a alguma interpretação literal das coisas. Há dois tipos de religiosos em sua carta e em seu meio, pelo que percebi. O grupo religioso maior é aquele que dá as cartas, pois, tem mais poder. Esses são os que pedem, religiosamente, que se faça a tal “ruptura epistemológica”. É coisa de religião fazer assim. De fato, parece até mesmo com as seitas que demandam tais “rupturas” de seus iniciados. O segundo grupo é o religioso minoritário. Ora, esses não têm poder no “meio”, e afligem-se achando que perderão espaço de trabalho ou que negarão a fé se a cada nova descoberta eles não puderem “provar” a presença de Deus na história antiga. Ambos os grupos são religiosos, e, além disso, profundamente infantis em suas crenças. Espero que você passe livre em meio a isto, e que seja maduro para saber que as digitais de Deus estão em toda parte, que Seus vestígios como Criador encontram-se em tudo e todas as coisas, porém, apesar disso, ninguém sabe o Seu caminho. Em qualquer que seja a vida ou em qualquer que seja o meio de vida, aquele que crê, vive apenas pela fé.


Nele, que não deixou vestígios para arqueologia, mas deixou impressões esmagadoras para qualquer um que sem epistemologia olhe o Cosmos,


Caio.

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO - parte 2

A IRA DOS “CRIACIONISTAS”
O rasgo que a Teologia causou entre a Natureza, de um lado, e a Graça, de outro lado, é uma das coisas mais diabólicas desta vida. O resultado é que a Natureza somente é estudada por quem não crê na Criação de Deus; afinal, os crentes acham que a Bíblia seja um livro de ciências também, quando, de fato, ela não é e nunca desejou ser assim vista. Entre os cristãos os que estudam ou dedicam-se às áreas do saber que lidam com a biologia, a paleontologia, e todas as chamadas ciências naturais, quase sempre o fazem para defenderem Deus como Criador, salvando-O dos ataques dos “evolucionistas ateus”, ou até mesmo dos que, aceitando a idéia teórica da evolução, sejam crentes em Jesus. Postei um texto sobre CRIAÇÃO POR EVOLUÇÃO E POR REDENÇÃO! , e, o resultado foi o seguinte: Centenas me escreveram agradecendo, especialmente os crentes que assim pensam, mas que se sentem oprimidos pelos demais, POSTO QUE se tão somente expressarem tal idéia, ainda que declarando que o debate não é essencial à fé de ninguém, mesmo assim são taxados de descrentes e traidores. De outro lado, recebi também algumas cartas, não mais do que cinco, de gente revoltada e agredida pela minha Opinião; a qual, para deixar claro sua não-fundamentalidade, colei no site justamente no link Opinião. Faço distinção clara entre o que seja Palavra e o que seja minha Opinião. Aleluia! Rsrsrs. Assim, no link Opinião digo o que penso, ainda que nada do que ali esteja carregue importâncias essenciais à fé, ou até mesmo qualquer coisa que não seja apenas o meu modo de ver. Afinal, tenho também o direito de pensar o que penso quando não haja na Escritura nada explicito sobre o tema, ou, ainda, quando o tema seja obscuro, mas não desnecessário a alguma forma de reflexão; e mais: quando o tema não seja essencial à fé já revelada; pois, para mim, o que está dito vale e não há reflexões secundarias a serem feitas. Nem sempre pensei como penso hoje sobre o tema. De fato, faz uns 25 anos que meu pensamento sobre o assunto foi mudando...A Ed. Mundo Cristão deve ter um livro meu, da seria “Os Pensadores”, intitulado “Viver: Desespero ou Esperança”, no qual, em um dos capitulos, advoguei apaixonadamente a criação literal, com sete dias de 24 horas cada um, etc.Entretanto, logo depois da publicação do livro, que foi por mim escrito quando eu ainda tinha 21 anos e foi publicado quando eu tinha 26 anos, outro processo iniciou-se em mim. Primeiro por verificar a não-importância do tema no que tangia à edificação da fé que salva o homem para o amor a Deus no mundo. Depois, porque, logo depois, comecei a ver o quão ideológica era a tal defesa, além de ser totalmente arbitraria, posto que se servisse dos achados dos que de fato estudam o assunto e o pesquisam a fundo, mas cujos achados são usados a fim de se criar uma ideologia criacionista, que é tanto religiosa e obscurantista, quanto também politicamente fundamentalista. O Evolucionismo é ideológico, tanto quanto o Criacionismo. Não quero nada com nenhuma das duas ideologias. Creio que o Senhor, o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, criou como bem entendeu criar; e mais: que não me parece fazer sentido ter-se a criação para estudar, e, mediante tais estudos, ficar-se chocado com os achados que digam apenas o modo como as coisas foram criadas, embora não advoguem uma causa criadora. Dois professores de Biologia me escreveram cartas hostis dizendo que eu estava destruindo a fé dos crentes.Já pensou a fraqueza da fé desses crentes supostamente cientistas?!
Exemplo de uma das correspondências:
----- Original Message -----From:To: contato@caiofabio.comSent: Friday, February 27, 2009 8:55 AMSubject: CRIAÇÃO POR EVOLUÇÃO E POR REDENÇÃO!
Prezado Caio,
Li suas colocações sobre a questão. Sou evangélico, Batista, e Criacionista. Acredito ser um homem de fé, mas sou sobretudo um ser racional.Sou um cientista, um químico. E nestes mais de 30 anos estudando Ciência me aprofundei no estudo das teorias sobre nossas origens. Como cientista e pesquisador, posso te disser racionalmente que os dados que tenho não vem de observações que fiz no quintal de minha casa... mas vem da Ciência., da racionalidade, da analise fria e imparcial de dados. Dos avanços científicos mais recentes, dos dados de genoma, da bioquímica, da química, dados científicos de fronteira.Estes dados mostram, agora de uma forma extremamente clara e inconfundível, COMO Deus criou. E hoje não sabemos exatamente todos os mecanismos, mas uma coisa sabemos com certeza: Ele não usou a Evolução! Pois a Evolução se mostra hoje uma teoria falida, totalmente descartada pela Ciência Moderna, que se sustenta apenas pela força da propaganda, pelas muletas e escoras do naturalismo filosófico.Sua nota nos mostra, infelizmente, que as muletas e ancoras não são só colocadas pelos naturalistas filosóficos, mas que o obscurantismo infelizmente se alastrou e se instalou também entre nós. Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem, e o que dizem, e o que escrevem.....__________________
A esta carta apenas disse:----- Original Message -----From: CAIOTo:Sent: Friday, February 27, 2009 11:17 AMSubject: Re: CRIAÇÃO POR EVOLUÇÃO E POR REDENÇÃO!
Meu irmão,
Não quis ofendê-lo.
Deus o guarde.
Nele,
Caio
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Ele prosseguiu:
----- Original Message -----From:To: 'CAIO'Sent: Friday, February 27, 2009 11:54 AMSubject: CRIAÇÃO POR EVOLUÇÃO E POR REDENÇÃO
Caio,
Você não quis, talvez não, mas ofendeu duramente gente de bem, gente que está em busca da verdade. Gente que tem apanhado muito já dos meninos e meninas de Darwin e agora se vê alvo de “fogo amigo”. Qual foi sua intenção? Não quis ofender, então quis o que? Você chamou todos eles, que apanham “de graça” todo dia por ousarem se levantar contra uma grande mentira, de radicais, fanáticos, obscurantistas, desinformados... Não quis matar, mas atirou, não quis machucar, mas deu a tapa...Você precisa tomar cuidado com o que diz, lembre-se do conselho bíblico: Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. (Mat. 18:5-6). Nunca vi um texto tão herege, tão insano, tão ofensivo aos que lutam contra a insanidade da evolução, uma teoria completamente falida, nunca vi alguém tão desinformado falando tanta besteira (desculpe, irmão, não quis ofendê-lo, apenas adverti-lo, sinceramente).Você precisa se informar, ler sobre a questão, e não entrar na onda do beija-mão de Darwin, se curvar ao ídolo...Alguém que é reconhecido como um líder cristão que pode influenciar tanta gente não pode se aventurar em escrever sobre o que não sabe, o que não entende, .... Quem te revelou que todos aqueles foram salvos? Que onisciência é esta que tu tens? Entre, por exemplo, no blog Desafiando a nomenklatura cientifica. Não são só os “Cristãos que odeiam Darwin” que estão descarregando seu ódio sob o manto do obscurantismo religioso. É gente esclarecida, conhecedora do assunto, estudiosos da questão, gente racional, muito bem iluminados pela razão e conhecimento. Olhe ao seu redor e veja o estrago que o naturalismo filosófico falso e falido tem causado, veja quantos gregos ao nosso redor, ....Meu desejo sincero é que Deus tenha misericórdia de ti, e te esclareça. E de mim, para que me ire, mas não peque. Um grande abraço fraterno em Cristo Jesus. Que bom que a sua misericórdia se renova sobre nos todos os dias....
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A tal resposta, sem muita paciência para discutir [não me resta nenhuma], apenas disse:
“Olhe ao seu redor e veja o estrago que o cristianismo estúpido causou ao mundo!
Alguma dúvida de que ele foi feito por gente com o seu espírito persecutório como o seu?”
Um abraço.
Caio
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Continuando:
Foi um cristão inglês, Dr. Prance, que foi pesquisador do INPA [Intituto Nacional de Pesquisas da Amazônia], em Manaus, na década de 70 ainda, que, convidado por mim como cientista piedoso, veio até a uma reunião de jovens, e disse que era um crente que cria que Deus criara usando os caminhos lentos da evolução. Fiquei chocado. O homem é, ainda hoje, um dos gurus da Botânica na Terra.Depois do choque, ajudado por ele, passei a pesquisar e a conferir as coisas com ele.Foram anos lendo e meditando...Portanto, o que eles não sabem é que sei o que eles pensam e também que já me alimentei das mesmas idéias, as quais são velhas e sem amparo na base empírica do estudo cientifico.Mas, para eles, tudo é culpa da propaganda...Interessante, mas, fora tais cientistas de Escola Dominical, o resto do mundo cientifico precisa ser informado que as ultimas descobertas da Ciência Moderna mudaram radicalmente, talvez no Governo Bush. Rsrsrs.E mais:Prefiro quem diz que crê porque crê, do que quem diz que é racional, que sua posição é lógica e não de fé, pois, a usarmos tais critérios, o que posso dizer senão: “Meu irmão, então, use a cabeça; pois, do contrário, apenas diga que é assim que você crê; e pronto!”O que me choca é a ira, no entanto!Sim! Escandalizo-me [rsrsrs] com o ódio e falta de controle de tais pessoas.Creio que sejam “missionários” da igreja dentro dos centros de ciência advogando o que pela ciência não podem advogar.Ora, não defendo teoria nenhuma [para mim Deus criou e pronto!], mas apenas a abertura para se buscar entender o que não é principio de fé.De fato, quem tem Jesus e o Evangelho não tem tempo para o que não salva a vida e não eleva o homem ao amor de Deus.Mas, tenho direito a ter minha própria opinião!Ninguém que não seja assim, tão medroso e desesperado pelo fanatismo obscurantista, fica escandalizado com nada, especialmente porque todos sabem qual é a minha fé.Gostaria muito de ter um exemplar digitalizado do meu livro “Viver: Desespero ou Esperança”, a fim de que se veja o quão ardoroso já fui da tese “criacionista”, a qual não passa de um arremedo de ciência, pois visa apenas provar a literalidade da narração bíblica. Ou seja: é uma ciência que já chega pronta.Assim, respeito todo aquele que diz que é porque é, e que diz que crê assim porque assim crê; mas não agüento isto sendo feito em nome do que, em tese, demanda mente aberta e não irada nunca.Afinal, quem se ira fazendo ciência ainda não aprendeu como a ciência deve ser feita.Entretanto, não tenho tempo para isso.O mundo está acabando, e, por isto, toda a minha energia está canalizada para o que edifica a fé dos homens no simples amor de Deus em Jesus.A ira é a viseira que impede todo e qualquer debate ou conhecimento limpo e isento.Um cientista irado é um obscurantista vestido de jaleco branco em laboratório; e nada além disso.Eles zangam-se comigo, mas os filhos deles me agradecem.Um beijo em todos os irados!Irem-se bem..., mas não pequem; está bom?
Que a Graça seja sobre todos!
Nele, que apenas disse: Amem como ama o vosso Pai celeste,
Caio
27 de fevereiro de 2009 Lago Norte Brasília
Ps: Alguém precisa dizer a esse pessoal que até há três anos me chamava de ex-tudo, que continuo “ex” para eles, posto que eu nada tenha a ver com a defesa do que Jesus não chamou de Vida.

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO




Comemoram-se os duzentos anos de Charles Darwin e de sua Teoria da Evolução das Espécies. Até ele a criação era vista como algo fixo, sem mudança desde o 6º Dia da Criação.Em momento algum, todavia, a Bíblia diz que o Pai já não cria e nem trabalha...Ao contrário, Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora...”Os cristãos querem um Deus que Intervenha na vida, mas não querem um Deus que continue criando...Sim! Querem um Deus de milagres para o homem, de criações novas para o homem; mas que não seja milagroso na criação.E mais: fazem diferença entre Jesus curando e criando um olho em um cego de nascença e Jesus criando um órgão em um peixe no fundo do mar...Assim, se são informados que animais estão ainda mudando e evoluindo, ganhando novos membros ou órgãos de adequação à vida, acham que isto seja blasfêmia.Deus criou em Dias Eras de tempo e de não tempo.Cada dia do Dia de Deus é feito de bilhões de anos humanos?... Por que não? Quem declarou tal impedimento?Deus não sofre o tempo; posto que o tempo exista Nele.Entretanto, se crê que o Deus dos crentes, o Criador, não tinha nada a fazer antes do homem.Assim, agora, depois do homem, somente o homem interessa a Deus, pensam eles.Deus, no entanto, assim como redime desde antes da fundação do mundo, também cria desde sempre; e assim como nunca deixou de redimir, também nunca deixou de criar.O Gênesis diz Quem criou.A ciência tenta dizer como foi criado.Uma coisa é o Autor. Outra a Obra.A fé lida com o Autor. A ciência lida com as Obras.Qual é o problema?Até no quintal de minha casa vejo as coisas mudando, se adaptando...O Salmo 104 nos diz que tais Obras de Renovação da Natureza é trabalho do Espírito Santo, o qual, sendo enviado sobre a Terra, renova toda a criação... sempre.Mas a pressa e a presunção do homem querem dizer quanto tempo Deus tem que ter levado para criar...E mais:A Bíblia não quer dizer como Deus criou. Apenas nos diz que Ele falou e assim se fez.O Deus de Jesus criou, cria e continuará criando!...Ora, o que é que existe entre o Gênesis e o Apocalipse senão Evolução?Sim! O que existe entre o Jardim e a Cidade Santa senão evolução?Evolução como evolução é; ou seja: cheia de “catástrofes”.Entretanto, eu pergunto: E qual é o problema?Darwin não é meu inimigo.Celebro sua ousadia e fé.Todavia, lamento que os crentes tenham endiabrado o homem, exceto os crentes ingleses, os quais, pela via de gente boa de Deus como C.S. Lewis e outros, logo entenderam que ali não havia conflito entre a Bíblia e a ciência.Na América, porém, Darwin virou o diabo!Ora, Darwin nunca esteve em briga com Deus. Apenas, como um homem de ciência, desejava entender a criação.Mas a insegurança dos crentes, que tenta fazer da Bíblia um manual de “Ciências”, comete o crime de tornar anátema aquilo que não entende e nem tem cabeça isenta para refletir em paz a fim de compreender.Ao fim da vida, tendo sido visto lendo a Bíblia por um crente que trabalhava no jardim onde estava meditando, Darwin ouviu o homem perguntar como ele lia a Bíblia se não cria nem na Bíblia e nem em Deus. Darwin assustou-se e disse: “Ah! Não! Eu creio tanto em Deus quanto na Bíblia. O que eu digo é uma teoria de como Deus criou, mas não uma negação de que Ele tenha criado”.Muito assustará os crentes quando e se virem, no Reino de Deus, Charles Darwin, Einstein, Newton, Copérnico, entre outros... — enquanto muitos bispos estarão de fora...Enquanto isto... o obscurantismo perdura.Já imaginou se Deus está interessado na briga entre criacionistas e evolucionistas?Ah, meus amigos, sem medo eu lhes digo que Ele não está.Assisto documentários sobre a Evolução das Espécies e me deleito no amor de Deus!Todavia, para mim, não há diferença se os 6 dias foram dias pequenos, mínimos de tempo ou se foram bilhões de dias e anos...Entretanto, e se um Dia se tornasse um Dia apenas quando cada processo estivesse parcialmente concluído a fim de iniciar um outro...Dia?Qual o problema?Você está com pressa?Não estou pedindo a sua opinião.Apenas expresso a minha.Afinal, quem pensa que cheguei aqui sem milhões de horas de oração e reflexão?
Nele, que trabalha até agora e continua criando sempre, ainda que não vejamos,
Caio